sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Questão Coimbrã

A chegada dos novos meios de transportes ferroviários, que traziam todos os dias novidades do centro da Europa, influenciou o aparecimento de novas ideologias. Este fenómeno fez despertar Antero e o seu grupo para novas formas de escrever, separando a nova geração dos ultra-românticos.
Essa diferença assentou-se quando o Grande Castilho criticou os poemas de Antero e de Teófilo de Braga, em que ironizava e afirmava que não tinham valor nenhum. Antero, com irreverência e excesso, decide contestar o velho mestre, fez publicar uma carta-aberta  a Castilho "Bom-senso e Bom-gosto", onde, exaltadamente, se insurge contra o desdém de Castilho relativamente à nova geração de poetas. E desencadeou assim  uma polémica literária, que se prolongaria pelo ano de 1866 e levaria mesmo a um duelo à espada entre Antero e Ramalho Ortigão.
A famosa Questão Literária ou Questão de Coimbra, que durante mais de seis meses agitou o nosso pequeno mundo literário, foi o ponto de partida da actual evolução da literatura portuguesa.





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