- Os peixes comem-se uns aos outros. Como se tal não bastasse os grandes comem os pequenos. Se fosse ao contrário era menos mal aos Homens, o poderosos exploram / escravizam os fracos.
- O orador faz um pedido aos peixes: olhem para a cidade, onde vive o homem branco, civilizado, mas que exploram os seus semelhantes.
Apela à observação - vejam o comportamento dos homens e a forma como exploram o seu semelhante.
Seguidamente exemplifica :
Homem morto que é "comido"/explorado por todos (os herdeiros, o testamenteiro, os credores, o advogado, a mulher, o médico, os padres) - "Ainda o pobre defunto o não comeu a terra e já toda a Terra o tem comido".
O homem vivo/réu em julgamento. Todos o exploram sem dó nem piedade (o meirinho, o escrivão, o carceneiro, o solicitador, a testemunha,...) - "Ainda não está executado nem sentenciado e já está comido"
Conclusão:
Os homens são piores que os corvos
Exploram-se uns aos outros, sendo sempre os maiores/mais poderosos que exploram/comem os mais pequenos/fracos.
Os mais pequenos e frágeis são sempre comidos e explorados.
Os grandes comem os pequenos como pão.
Os pobres são o pão de cada dia dos mais poderosos
2ª Repreensão
- A ignorância e a cegueira dos peixes que se deixam pescar atraídos por uma tirinha de pano pendurado no anzol.
- Passagem para o mundo dos homens, também eles ignorantes e cegos pela vaidade que os leva atrás do luxo e do requinte comprando o que não podem pagar e vivendo com dívidas a vida inteira.
- Lembra aos peixes que é grande loucura desperdiçarem a vida por dois retalhos de pano, pois eles não precisam de se vestir e as suas escamas prateadas ou douradas, as suas peles coloridas e vistosas nunca mudam de moda.
O Capitulo termina co o exemplo de Santo António que nunca se deixou enganar pela vaidade.
- abandonou as vaidades do mundo
- vestiu uma loba de sarja e uma correia
- trocou a sarja pelo burral e a correia pela corda
Assim, com a sua simplicidade, "pescou " muitos.
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