sábado, 30 de novembro de 2013

A nossa apresentação :)

Olá, seja bem-vindo! Nós somos alunas da Escola Secundária com 3º Ciclo D. Manuel I e estamos a realizar este blogue no âmbito da disciplina de Português. Esperamos que as tarefas propostas nos permitam desenvolver competências de leitura e escrita e interagir com os nossos colegas.



Olá, eu sou a Beatriz e tenho 16 anos. Faço parte da turma do Curso Técnico de Gestão do 11ºF.
Os meus passatempos são ir ao ginásio e estar com os meus amigos.


Olá, eu sou a Raquel e tenho 18 anos. Faço parte da turma do Curso Técnico de Marketing do 11ºG.
Os meus passatempos são ouvir música e estar com os meus amigos, entre outras coisas.



sexta-feira, 29 de novembro de 2013

O que é um portefólio?

É um instrumento de identificação da qualidade do ensino-aprendizagem perante a avaliação 
do desempenho do aluno e do professor, que compreende a reunir trabalhos realizados pelos alunos, durante um curso, série ou disciplina.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Texto Argumentativo



É o texto em que defendemos uma ideia opinião ou ponto de vista, uma tese, procurando (por todos os meios) fazer com que nosso ouvinte/leitor aceite-a, creia nela.Num texto argumentativo, distinguem-se três componentes: a tese, os argumentos e as estratégias argumentativas.


http://www.pucrs.br/gpt/argumentativo.php

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

O Barroco

Barroco é um termo que deriva do francês baroque e que permite fazer alusão a um movimento cultural e estilo artístico desenvolvido entre o século XVII e meados do século XVIII. Esse estilo abrangeu diversos ramos (a arquitectura, a pintura, a música, a literatura, etc.) e caracterizou-se pela ornamentação excessiva.


Pintura Barroca 


Arquitectura Barroca


 
Escultura Barroca
http://conceito.de/barroco

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Vida e obra de Padre António Vieira


Padre António Vieira foi um importante religioso, orador e escritor português do século XVII. Atuou, no Brasil, como missionário da Companhia de Jesus. É considerado um dos principais escritores e oradores sacros do barroco brasileiro. Nasceu na cidade de Lisboa (Portugal) em 6 de Fevereiro de 1608 e faleceu na cidade de Salvador (Bahia) em 18 de Julho de 1697.

Foi professor de Retórica na cidade de Olinda. Atuou como missionário católico, defendendo a liberdade dos indígenas brasileiros. Escreveu importantes sermões, considerados importantes exemplos da literatura barroco brasileira.

Principais obras:

- Sermão da Sexagésima

- Sermão da Quinta Dominga da Quaresma

- Sermão do Bom Ladrão

- Sermão do Mandato

- Sermão do Espírito Santo

- Sermão Pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal, contra as da Holanda

- Sermão de Nossa Senhora do Rosário




http://www.suapesquisa.com/quemfoi/padre_antonio_vieira.htm

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Estrutura do Sermão

O Sermão é constituído por seis capítulos. Muitos estudiosos tendem a estabelecer uma correspondência linear entre estes e as quatro partes da retórica clássica: exórdio (Cap. I),exposição (Cap. II e III), confirmação (Cap. IV e V) e peroração (Cap. VI).
Porém, atendendo ao que o Padre António Vieira teve o cuidado de declarar, que dividia o sermão em duas partes (início do Cap. II), o que se verifica é a existência de dois diferentes momentos de exposição e dois diferentes momentos de confirmação.




domingo, 24 de novembro de 2013

Louvores aos Peixes

 Sistematização dos Capítulos II e III do Sermão de Santo António aos peixes (Padre António Vieira)

"E desta maneira satisfaremos as obrigações do sal, que melhor vos está ouvi-las vivos que experimentá-las mortos."

"Ao menos têm os peixes duas boas qualidades: de ouvintes OUVEM, MAS NÃO FALAM"

http://www.slideshare.net/sebentadigital/sermao-presentation

sábado, 23 de novembro de 2013

Poema de Fernando Pessoa

Ao longe, ao luar, 
No rio uma vela 
Serena a passar, 
Que é que me revela? 

Não sei, mas meu ser 
Tornou-se-me estranho, 
E eu sonho sem ver 
Os sonhos que tenho. 

Que angústia me enlaça? 
Que amor não se explica? 
É a vela que passa 
Na noite que fica.

      Fernando Pessoa, 5-08-1921

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Repreensões em geral

1ª Repreensão


  • Os peixes comem-se uns aos outros. Como se tal não bastasse os grandes comem os pequenos. Se fosse ao contrário era menos mal aos Homens, o poderosos exploram / escravizam os fracos.



  •  O orador faz um pedido aos peixes: olhem para a cidade, onde vive o homem branco, civilizado, mas que exploram os seus semelhantes.


 Apela à observação - vejam o comportamento dos homens e a forma como exploram o seu semelhante.

Seguidamente exemplifica :


Homem morto que é "comido"/explorado por todos (os herdeiros, o testamenteiro, os credores, o advogado, a mulher, o médico, os padres) - "Ainda o pobre defunto o não comeu a terra e já toda a Terra o tem comido".

O homem vivo/réu em julgamento. Todos o exploram sem dó nem piedade (o meirinho, o escrivão, o carceneiro, o solicitador, a testemunha,...) - "Ainda não está executado nem sentenciado e já está comido"
Conclusão:
Os homens são piores que os corvos
Exploram-se uns aos outros, sendo sempre os maiores/mais poderosos que exploram/comem os mais pequenos/fracos.
Os mais pequenos e frágeis são sempre comidos e explorados.
Os grandes comem os pequenos como pão.
Os pobres são o pão de cada dia dos mais poderosos



2ª Repreensão



  • A ignorância e a cegueira dos peixes que se deixam pescar atraídos por uma tirinha de pano pendurado no anzol.



  •  Passagem para o mundo dos homens, também eles ignorantes e cegos pela vaidade que os leva atrás do luxo e do requinte comprando o que não podem pagar e vivendo com dívidas a vida inteira.



  •  Lembra aos peixes que é grande loucura desperdiçarem a vida por dois retalhos de pano, pois eles não precisam de se vestir e as suas escamas prateadas ou douradas, as suas peles coloridas e vistosas nunca mudam de moda.



O Capitulo termina co o exemplo de Santo António que nunca se deixou enganar pela vaidade.

   - abandonou as vaidades do mundo
   - vestiu uma loba de sarja e uma correia
   - trocou a sarja pelo burral e a correia pela corda

Assim, com a sua simplicidade, "pescou " muitos.


Repreensões em particular

Neste capítulo faz-se repreensões aos peixes em particular, que representam os diversos defeitos humanos:


  • Os Roncadores: Soberba, Orgulho.
Muita arrogância, pouca firmeza.

  •  Os Pegadores: Parasitas.
Vivem na dependência dos grandes, morrem com eles.

  •  Os Voadores: Presunção, Ambição.
Foram criados peixes e não aves

  • O Polvo: Traição.
Ataca sempre de emboscada porque se disfarça, comparado a Judas.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Louvores em geral

O segundo capítulo é iniciado de forma irónica, visto que Vieira afirma que os peixes são o "pior auditório", mas tendo em conta que o autor se está a dirigir aos homens, a afirmação ganha um sentido irónico. Em seguida afirma que os peixes nunca se hão de converter, mas confessa que isso já é uma dor habitual, porque Vieira já está habituado a que também os homens não se convertem.

Retoma de novo o conceito predicável que, com as propriedades do sal, as pregações de Santo António (como a de qualquer pregador) tem duas propriedades: louvar o bem e repreender o mal.
Então também o sermão de Vieira vai ser dividido em duas partes:
  - louvores
  - repreensões dos vícios

  • Virtudes que depedem de Deus:
- Os peixes foram as primeiras criaturas que Deus criou
- Foram as primeiras criaturas nomeadas por Deus
- São os mais numerosos e os maiores
  • Virtudes naturais em oposição aos homens:
peixes: obediência, quietação, sossego e atenção com que ouvem a palavra de Deus

homens: furiosos, obstinados, irracionais e têm a razão sem o uso

Os peixes não de domam, nem se domesticam.
  - vivem longe dos homens
  - escaparam do dilúvio

Louvores em particular

  • O Santo peixe de Tobias
» Peixe grande no tamanho e grande nas virtudes interiores 
» Virtudes:
o fel: curava a cegueira
o coração: expulsava os demónios
Comparação com Santo António:´
  - com a sua palavra curava as cegueiras interiores dos ouvintes
  - purificava-os 


Simbologia do peixe:
simbolizava o poder purificador da palavra de Deus

  • Rémora
» Peixe muito pequeno no tamanho.
» Grande na força e no poder


virtudes:
 - pega-se ao leme da nau; 
 - agarra-a e prende-a; 
 - não a deixa avançar.

É um peixe que, embora pequeno, tem uma força enorme que quando se agarra ao leme é ele próprio que dita o rumo do navio.

Comparação com Santo António:
 - Santo António foi a rémora da Terra 
 - A língua do pregador foi como uma rémora, pois com a sua palavra conquistou a fúria das paixões humanas.
A soberba 
A cobiça
A vingança
A sensualidade
» Simbologia - representa o poder que a palavra tem, afim de ser guia das almas.

  • Torpedo
» Peixe pequeno
» Produz descargas eléctricas 

Virtudes:
  - Faz tremer o braço do pescador 
  - Não permite ser pescado
  - Salva-se

Comparação com os pescadores da Terra, que são inúmeros, muitos pescam e não tremem, ou seja, não se arrependem dos seus actos, vivem no pecado.


Comparação com Santo António - vinte e dois pescadores da Terra escutaram Santo António e tremeram, ou seja, arrependeram-se  e salvaram-se, apenas com o poder da palavra.


Simbologia - representa a força que tem a palavra de Deus que faz tremer os pecadores.

  • Quatro-Olhos
» Peixinho pequeno
» Andam em cardumes à superfície da água


Virtudes:
  - têm quatro olhos, "cabais" e perfeitos. Dois virados para cima, defendendo-se assim das aves e dois virados para baixo, defendendo-se deste modo dos peixes.

Este peixinho ensinou ao autor que tendo fé e usando a razão deve viver:
Apenas olhando para cima, considerando que há céu.
Apenas olhando para baixo, não esquecendo que há inferno.
Compreendeu o pedido do profeta David a Deus ("voltai-me os olhos, senhor, para que não vejam a vaidade", ou seja, só deveria olhar para cima ou para baixo, porque no mundo tudo é vaidade.
O capítulo termina com a apresentação de mais alguns louvores em geral aos peixes.

Também refere que são os peixes que ajudam as ordens religiosas e as famílias santas a cumprirem os votos e as penitencias.